Mirtes, uma empregada doméstica, precisou levar o filho Miguel para o trabalho, foi passear com o cachorro da patroa e deixou o menino com ela. A patroa, Sari Corte Real, deixou a criança no elevador SOZINHO, por estar incomodada com o choro da criança. Ele caiu do 9º andar das torres gêmeas, condomínio luxuoso de Recife.
Miguel tinha 5 anos, era preto e morreu por negligência. A patroa estava ocupada fazendo a UNHA.
Pagou 20 mil de fiança e está respondendo em liberdade.
Os patrões da mãe de Miguel são o prefeito e a primeira dama de Tamandaré.
Mirtes, a mãe de Miguel, não foi dispensada com remuneração durante uma pandemia pois, a burguesia escravagista não gosta de limpar a própria sujeira.
Não é homicídio culposo: é um caso de DOLO EVENTUAL, ou seja, a patroa assumiu o RISCO de que algum mal acontecesse ao menino. Deve responder por HOMICÍDIO DOLOSO e ir a Júri!
Imaginem – só por um instante – a repercussão se fosse o contrário.
Não consegui escrever a matéria completa. Deixei aqui um desabafo.
Formada pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, a jornalista Juliana Barbosa é soteropolitana, nascida em 25/04/1988. Começou a carreira na TV Educativa da Bahia, em 2012, emissora onde exerceu os cargos de produtora, editora de textos e repórter de TV. Também foi repórter na Rádio Educadora FM. Foram cinco anos no IRDEB. A jornalista atuou como repórter de TV na CNT, além de prestar serviços na mesma função a TV Justiça, e algumas produtoras de Salvador. Em sua passagem pela Europa, atuou como repórter, em Portugal. É a idealizadora do site Muito Mais que Isso, e coautora da revista Papo de salão.
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