ONU e OEA podem intervir na investigação das mortes em Paraisópolis

Entidades ligadas a causa de Direitos Humanos pedem auxilio aos órgãos internacionais para apurar casos de abuso policial na ação da PM

Nove jovens foram mortos na ação da Policia Militar em Paraisópolis. Imagem – Reprodução

Por Gustavo Medeiros

A ONU (Organização das Nações Unidas) e a OEA (Organização dos Estados Americanos) podem ser contactadas para apurar situações de abuso policial na ação que resultou na morte de nove jovens na comunidade de Paraisópolis, durante um baile funk na madrugada do último domingo (1º). O pedido será feito por entidades ligadas a luta por Direitos Humanos.

Alguns deputados na Assembleia Legislativa de São Paulo pedem esclarecimentos por parte do secretário de Segurança Pública, general João Camilo Pires de Campos, e pelo comandante da PM, Marcelo Vieira Salles. O procurador-geral de justiça, Gianpaolo Smanio, designou uma promotora para acompanhar a investigação.

Para os representantes da Associação de Moradores de Paraisópolis, a situação é de descaso por parte dos governos estadual e municipal. “Se fosse em bairro rico, teriam vindo até vestido de bombeiro”, lamenta Gilson Rodrigues, um dos presidentes.

Afastado

Imagens feitas mostram a truculência dos policiais. Foto- Reprodução

O policial militar que aparece, em uma imagem, agredindo jovens com uma barra de ferro foi afastado das atividades de rua nesta terça-feira (03). Um inquérito de abuso de autoridades foi instaurado para investigar a conduta do agente. Outros seis estão afastados dos serviços operacionais.A PM afirma que as imagens, que foram divulgadas, são do dia 19 de outubro e não do último domingo.

Entretanto, um adolescente, que participou do baile funk, rebateu a corporação. Ao ver a gravação, o jovem confirmou que as imagens são do evento que aconteceu no último final de semana em Paraisópolis.

Fonte – Bahia.ba e Agora São Paulo